Deborah Samuel era uma estudante cristã de 21 anos em uma faculdade no norte da Nigéria. Em maio deste ano, um grupo de colegas de faculdade a espancou até a morte depois de acusá-la de blasfêmia por causa de uma mensagem de voz que ela havia compartilhado no WhatsApp.
Seus pais disseram à BBC que suas vidas mudaram drasticamente desde o assassinato. “Senti como se houvesse uma lança perfurando meu coração”, disse Alheri Emmanuel, mãe de Deborah.
As leis de blasfêmia há muito tempo são controversas na Nigéria. Embora a legislação nigeriana não seja baseada em nenhuma religião, 12 Estados do norte de maioria muçulmana têm tribunais islâmicos que consideram a blasfêmia um crime punível com a morte.
As sentenças de morte por blasfêmia nunca são, em si, executadas. Em vez disso, as alegações de blasfêmia geralmente levam a linchamentos que terminam em morte.
O vídeo também mostra o caso de Ahmed, um muçulmano que trabalhava como segurança do bairro. Ele foi morto e queimado por um grupo, em seu local de trabalho, depois que um clérigo muçulmano o acusou de insultar o profeta Maomé.
“O que mais me dói é a falsa acusação que ele insultou o profeta Maomé”, disse a esposa dele, Zainab Ahmed, que está grávida do primeiro filho do casal.
As autoridades prenderam suspeitos nos casos de Deborah e Ahmed, mas mortes em casos de linchamentos muitas vezes ficam impunes.
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