A fintech de crédito Open Co adverte: M&A em excesso pode fazer mal para startups

A fintech de crédito Open Co adverte: M&A em excesso pode fazer mal para startups


A Open Co, fintech de crédito sem garantias reais, deveria saber tudo sobre fusões e aquisições. Resultado da união entre a Geru e a Rebel em 2021, duas startups concorrentes que inauguraram o segmento de crédito fora dos bancos no País, a companhia partiu para um M&A em um delicado momento de mercado.

Um ano após a fusão entre Geru e Rebel, a Open Co trabalhava na sinergia dos negócios e era pressionada a crescer. Mas, com a casa ainda em fase de arrumação, decidiu expandir sua atuação com a aquisição da BizCapital, empresa focada em crédito para B2B.

“A combinação uniu duas empresas que estavam saindo de perrengues razoáveis”, conta Sandro Reiss, CEO da Open Co, no Vida de Startup, programa do NeoFeed.

A chegada da BizCapital é a consequência de problemas que a Open Co já tinha começado a enfrentar lá atrás. Em 2021, com a perspectiva da fusão entre Geru e Rebel, a nova companhia captou R$ 600 milhões em uma rodada liderada pelo Softbank, com participação de fundos como Raiz Investimentos, IFC e LTS. E, no mesmo ano, fez uma nova captação na qual arrecadou R$ 150 milhões com a subsidiária do Banco Mundial e com o Goldman Sachs.

O cenário parecia ser o melhor possível, mas a Open Co não contava com uma virada do mercado, que começou a fragilizar a sua operação em 2022. Foi nesse momento que tudo pareceu ficar de cabeça para baixo na vida do CEO e cofundador da companhia, Sandro Reiss.

“Nós passamos por um momento em que estávamos, ao mesmo tempo, fundindo duas empresas [Geru e a Rebel], recebendo aportes grandes, com uma pressão muito grande para crescer, e o mercado simplesmente virou da água pro vinho”, afirma Reiss.

“Entramos em 2022 com muito crédito na rua, juros muito baixos e com uma empresa que estava gastando muito”, complementa.

Foi naquele momento que a companhia precisou de uma reestruturação, com demissões e cortes de gastos, para garantir que conseguiria sobreviver.

A decisão de preservar o caixa se mostrou acertada e o resultado apareceu no fim dos doze meses. Quando tudo parecia estar convergindo para um pouso suave, a companhia decidiu fazer o M&A com a BizCapital.

“Mas juntos nós fizemos um plano para virar a empresa e focar no core business do nosso negócio, que é fazer crédito digital”, diz o CEO.

Reiss contou os detalhes dessa operação no programa do NeoFeed. E compartilhou também detalhes sobre o momento do negócio, suas perspectivas de crescimento e deu dicas para as startups que estão entrando no mercado de crédito.

Atuando no mercado B2C e B2B, a companhia já concedeu mais de R$ 5 bilhões em crédito e espera continuar crescendo este número nos próximos anos. Além disso, a Open Co também está apostando no sistema de Buy Now, Pay Later e fechou uma parceria com a Amazon para colocar mais força na tecnologia.





Fonte: Neofeed

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