Ao todo, 585 objetos vão integrar o acervo do Museu do Índio, no Rio de Janeiro, após passarem por uma quarentena para evitar possíveis contaminações
Artefatos indígenas de mais de 50 etnias, retidos na França por 20 anos, finalmente retornaram ao Brasil. Os itens, adquiridos de forma irregular em 2003, estavam no Museu de História Natural de Lille. No início deste mês, 585 dos 607 artefatos chegaram ao país. As 22 peças restantes não foram transportadas devido à falta de documentação necessária. Entre os objetos repatriados estão máscaras, cocares, mantos, adereços, instrumentos musicais, cestarias, armas, esculturas e outros itens etnográficos. A repatriação foi resultado de uma complexa negociação entre o museu francês, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Ministério das Relações Exteriores e o Ministério Público Federal. A importância da coleção e a proteção constitucional do patrimônio cultural brasileiro foram fatores determinantes para o retorno.
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Segundo o Ministério Público Federal, os artefatos foram levados à França sem seguir os trâmites legais, e o retorno só foi possível após diversas tratativas e a instauração de um inquérito civil público no Ministério Público do Rio de Janeiro. Os itens agora passarão por uma quarentena no Museu do Índio, no Rio de Janeiro, para evitar possíveis contaminações. O estado das peças será verificado em comparação aos relatórios emitidos quando saíram da França. Esse processo é crucial para garantir que os artefatos estejam em boas condições e possam ser preservados adequadamente.
Publicado por Luisa Cardoso