BTG Pactual dá nova cartada e compra Julius Baer Brasil por R$ 615 milhões

BTG Pactual dá nova cartada e compra Julius Baer Brasil por R$ 615 milhões


O BTG Pactual divulgou na manhã de terça-feira, 7 de janeiro, que adquiriu a operação do Julius Baer no Brasil, um dos líderes no segmento de wealth management, pelo valor de R$ 615 milhões.

No começo de novembro, o NeoFeed trouxe com exclusividade que o banco suíço havia contratado o banco de investimentos Goldman Sachs para colocar a sua operação brasileira à venda. Naquele momento, além do BTG, XP, Itaú, Nubank, UBS, Bradesco e Santander eram alguns dos players que estariam dispostos a analisar o negócio.

Com a chegada do banco suíço, o BTG busca expandir a sua gestão de fortunas, que atingiu, no terceiro trimestre, R$ 857,4 bilhões, crescimento de 28,8% em relação ao mesmo período de 2023. Com a compra, o banco projeta passar a gerir mais de R$ 100 bilhões.

“A aquisição da Julius Baer Brasil faz parte da estratégia de expansão do segmento de Family Office do BTG Pactual, que opera desde 2010 e, após a conclusão da Transação, passará a gerir mais de R$ 100 bilhões”, diz trecho do comunicado.

O Julius Baer chegou a ter mais de R$ 80 bilhões sob gestão no Brasil. Segundo o BTG, atualmente são R$ 61 bilhões sob gestão.

Ultimamente, o Julius Baer viu sua operação internacional sofrer com perdas no mercado de crédito privado. O banco tinha uma alta exposição na gestora austríaca Sigma, que acabou indo à falência. Isso fez o banco provisionar quase US$ 600 milhões e levou a renuncia do então CEO, Philipp Rickenbacher, gerando uma intensa movimentação no corpo executivo.

No Brasil, a operação do Julius Baer teve início em 2005. Ao longo dos anos, o banco realizou a compra da GPS e da Reliance, dois dos maiores multifamily offices do país. As empresas foram fundidas em fevereiro de 2020.

Porém, após não conseguir comprar uma fatia na Faros Private, que acabou se unindo a Messem, o Julius Baer passou a enfrentar dificuldades para crescer em território nacional.

Com isso, o banco perdeu três de seus diretores, Flávio Mascarenhas, Eduardo Tabone e Andrew Hancoc, ao mesmo tempo.





Fonte: Neofeed

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