Câmara dos Deputados confirma que autor do atentado esteve na Casa antes das explosões

Câmara dos Deputados confirma que autor do atentado esteve na Casa antes das explosões


Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, foi feita uma varredura nas dependências durante toda a madrugada e manhã desta quinta-feira (14), e nenhuma bomba foi encontrada

Arquivo pessoalautor atentado Francisco Wanderley Luiz
Francisco Wanderley Luiz esteve na manhã de ontem no anexo IV da Câmara dos Deputados, entrou às 8h15, foi ao banheiro e logo saiu

Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado a bombas na Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira (13), visitou a Câmara dos Deputados horas antes do ataque. Ele esteve na manhã de ontem no anexo IV da Casa. Entrou às 8h15, foi ao banheiro e logo saiu. Além do Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara era outro alvo de Francisco Wanderley, conhecido como Tiü França. Ele chegou a deixar um automóvel próprio com explosivos num estacionamento público no mesmo anexo IV que ele visitara.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, foi feita uma varredura nas dependências da Casa durante toda a madrugada e manhã desta quinta-feira (14), e nenhuma bomba foi encontrada. Há ainda outras varreduras como medida preventiva e as investigações sobre as explosões ainda estão em andamento. Tiü França fez algumas visitas à Câmara no ano passado e foi encontrar-se com o deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), amigo na juventude. Goetten relatou que França estava visivelmente “alterado” quando conversou com ele em 2023.

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Tiü França visitou o STF em agosto deste ano. “Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)”, escreveu ele em mensagem enviada a si mesmo no WhatsApp e divulgada em seu perfil nas redes sociais instantes atos de realizar o atentado. Nessa publicação havia ataques aos ministros do Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Em 2020, Francisco Wanderley foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pessoas que tiveram contato com ele relatam que ele tinha forte identificação política com Bolsonaro. O irmão dele, Valdir Rogério Luiz, notou que ele passou por um processo de radicalização e que o ataque teve motivações políticas. Em razão dos ataques, a Câmara e o Senado suspenderam a visitação ao Congresso Nacional até este domingo (17).

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira





Fonte: Jovem Pan

Política