Casa Branca diz que Putin sabia de interferência russa em eleições nos Estados Unidos

Casa Branca diz que Putin sabia de interferência russa em eleições nos Estados Unidos


Autoridades anunciaram mais cedo sanções contra executivos de veículo financiado pelo Estado russo e outras pessoas, as quais acusou de fazer ‘esforços de influência maliciosa’ contra as eleições presidenciais de 2024

Anton Vaganov / POOL / AFPO presidente da Rússia, Vladimir Putin, faz um discurso durante o Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF) em São Petersburgo, em 7 de junho de 2024. A Hungria, que assumiu a presidência rotativa da UE esta semana, ainda não confirmou relatos de que Orban - o aliado mais próximo do Kremlin no bloco - era esperado em 5 de julho de 2024, em Moscou, para conversações com o presidente Vladimir Putin.
Washington acusa Moscou de tentar influenciar as eleições presidenciais desde a disputa de 2016 entre Donald Trump e Hillary Clinton

O presidente russo, Vladimir Putin, estava a par das ações do veículo estatal de notícias RT para influenciar as eleições presidenciais deste ano nos Estados Unidos, apontou a Casa Branca nesta quarta-feira (4). “Acreditamos que Putin sabia dessas ações” de interferência eleitoral, disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, John Kirby, depois que o Tesouro americano sancionou dois funcionários do RT, assim como seus diretores.

Autoridades americanas anunciaram mais cedo sanções contra executivos do RT (veículo financiado pelo Estado russo) e outras pessoas, as quais acusou de fazer “esforços de influência maliciosa” contra as eleições presidenciais americanas de 2024. O Departamento do Tesouro americano apontou para duas entidades e dez pessoas, entre elas a editora-chefe do RT, Margarita Simonovna Simonyan, e sua adjunta, Elizaveta Yuryevna Brodskaia.

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O veículo é acusado de recrutar, de forma encoberta, “influenciadores americanos involuntários” para apoiar uma “campanha” do RT, antes conhecido como Russia Today. A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, disse que a entidade “não hesitará” no compromisso de “salvaguardar” os princípios democráticos do país e “a integridade” dos seus sistemas eleitorais.

Segundo o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, dois funcionários do RT foram acusados em Nova York de lavagem de dinheiro e violação da Lei de Registro de Agentes Estrangeiros. Eles são acusados de canalizar US$ 10 milhões para uma empresa com sede no estado do Tennessee, “para divulgar conteúdo considerado favorável ao governo russo”, acrescentou.

A acusação aponta que a empresa americana, que não foi identificada, publicou vídeos em inglês no TikTok, Instagram, X e YouTube e “nunca revelou aos influenciadores nem aos seus milhões de seguidores seus vínculos com o RT e o governo russo”, disse Garland. O RT reagiu através em seu canal no Telegram, desqualificando as acusações dos Estados Unidos, considerando-as de “clichês conhecidos”. “Três coisas são inevitáveis na vida: a morte, os impostos e a ‘interferência do RT nas eleições americanas’”, ironizou o veículo.

Segundo o Departamento do Tesouro, Simonyan foi uma “figura central nos esforços de influência maliciosa do governo russo”, enquanto Brodskaia “informou o presidente russo”, Vladimir Putin, e outros funcionários.

Washington acusa Moscou de tentar influenciar as eleições presidenciais desde a disputa de 2016 entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton. Após as eleições de 2020, funcionários de inteligência dos EUA acusaram Putin de autorizar “operações de influência” para favorecer a votação em Trump.

*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira





Fonte: Jovem Pan

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