Corinthians: ‘laranja’ no caso Vai de Bet é convocada para depor na CPI das Bets

Corinthians: ‘laranja’ no caso Vai de Bet é convocada para depor na CPI das Bets


Ainda não há data marcada para o depoimento; marca do ramo de apostas ofereceu R$ 360 milhões para estampar o espaço mais nobre da camisa corintiana por três temporadas

Jozzu/Agência CorinthiansEntrevista coletiva de apresentação da VaideBet como patrocinadora master do Corinthians. Na foto: Fagner, Augusto Melo, Lucas Veríssimo, Yuri Alberto
Ao assinar com a Vai de Bet, o Corinthians fechou o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro

A CPI das Bets convocou Edna Oliveira dos Santos, apontada como “laranja” no caso da Vai de Bet, antiga patrocinadora do Corinthians, para depor na condição de testemunha. O requerimento, de autoria do senador Izalci Lucas (PL-DF), foi aprovado na terça-feira. Ainda não há data marcada para o depoimento. No requerimento, Edna é classificada como “figura central em um caso de suposta fraude envolvendo o patrocínio da plataforma Vai de Bet ao Corinthians”. A empresa Neoway Soluções, registrada em seu nome sem seu conhecimento, recebeu transferências de mais de R$ 1 milhão em comissões destinadas ao intermediário do contrato A mulher vive em condições simples, em Peruíbe, no litoral paulista.

Em outro requerimento aprovado pela CPI, o senador Izalci Lucas solicitou uma série de informações sobre registros, contratos e relatórios à Neoway. A investigação procura identificar se a empresa facilitou a transferência de comissões ou valores adicionais de forma não transparente e se houve manipulação financeira para beneficiar terceiros. “Nesse contexto, a Neoway teria sido utilizada para movimentar recursos de forma disfarçada, possibilitando a ocultação da origem e do destino real dos fundos, o que é uma prática comum em esquemas de lavagem de dinheiro”, diz trecho do documento.

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Ao assinar com a Vai de Bet, o Corinthians fechou o maior acordo de patrocínio do futebol brasileiro. A marca do ramo de apostas ofereceu R$ 360 milhões para estampar o espaço mais nobre da camisa corintiana por três temporadas. O acordo previa o pagamento de R$ 10 milhões ao longo dos 36 meses de contrato. Ao todo, o clube recebeu R$ 66 milhões pela parceria.

O contrato previa o também pagamento de 7% do montante líquido de cada parcela à Rede Media Social Ltda. Ou seja, 700 mil por mês ao longo de três anos, resultando em R$ 25,2 milhões ao fim do contrato. Após os pagamentos da comissão, a Rede Social Media Ltda repassou o parte dos valores por meio de PIX à Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, empresa com endereço na Avenida Paulista que serviria como “laranja”.

Outras intermediadoras no alvo

Outras empresas citadas na investigação da CPI são a Zelu Brasil Facilitadora e a Pay Brokers, intermediárias autorizadas a fazer os repasses de patrocínio da Vai de Bet ao Corinthians. Contudo, R$ 56 milhões foram pagos pela casa de aposta por outras três intermediadoras ausentes no contrato: Otsafe e Pagfast EFX, a segunda, com dois números de CNPJ diferentes. Tanto a Zelu Brasil Facilitadora e a Pay Brokers foram alvos da buscas da Polícia Civil de Pernambuco na Operação Integração, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro por meio de jogos de azar.

Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações do Estadão Conteúdo





Fonte: Jovem Pan

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