Cuba afirma que quem pede divulgação de atas na Venezuela tem ‘propósitos ocultos’

Cuba afirma que quem pede divulgação de atas na Venezuela tem ‘propósitos ocultos’


Aliado político próximo do país chavista e um importante receptor de seu petróleo, governo cubano foi um dos primeiros a reconhecer a vitória do presidente Nicolás Maduro

EFE/Irene PérezMiguel diaz Canel, presidente de cuba
Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, disse que a Venezuela está sofrendo uma campanha “grosseira e orquestrada” que busca “mascarar outra tentativa de golpe de Estado”

Cuba condenou nesta segunda-feira (26) os “propósitos por trás” do “pretexto” de “tornar transparentes os resultados” eleitorais na Venezuela, que deram a vitória ao presidente Nicolás Maduro, em alusão aos países — entre eles aliados de Havana como Brasil, México e Colômbia — que pediram a publicação das atas de votação. Durante uma declaração telemática na 11ª Cúpula Extraordinária da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América-Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP), o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, disse que a Venezuela está sofrendo uma campanha “grosseira e orquestrada” que busca “mascarar outra tentativa de golpe de Estado”. Da mesma forma, o governante descreveu os relatórios publicados pela oposição — que alega ter obtido 83,5% das atas, dando a vitória ao seu candidato, Edmundo González Urrutia — como “documentação de origem duvidosa” que é apresentada “como legítima”.

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“Não ficaremos à margem ou em silêncio diante dos ultrajes e da interferência flagrante do império”, enfatizou Díaz-Canel. Cuba, um aliado político próximo da Venezuela e um importante receptor de seu petróleo, foi um dos primeiros países a reconhecer a vitória do presidente Nicolás Maduro, decretada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), apesar dos protestos contra o resultado. Depois que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela endossou a vitória de Maduro na última quinta-feira, os presidentes de Brasil e Colômbia, os progressistas Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro, insistiram na necessidade de divulgar os as atas de votação detalhadas. O presidente do México, o também esquerdista Andrés Manuel López Obrador, ainda não reconhece oficialmente a reeleição de Maduro.

No último domingo (26), o governista Centro de Investigações de Política Internacional (CIPI) declarou que considera que “todos” que questionam a versão oficial das eleições na Venezuela seguem, de alguma forma, um “padrão que foi estabelecido pelos Estados Unidos“. O diretor da entidade, José Ramón Cabañas, pediu “respeito” aos assuntos internos da Venezuela, mas também reconheceu que a publicação das atas pode fazer “sentido” para esclarecer dúvidas.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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