Ministério Público de São Paulo investiga possível associação da empresa Mova, responsável pela limpeza das escolas municipais, com o PCC; há alegações de fraudes em licitações para contratos públicos
A cidade de Cubatão, situada na Baixada Santista, enfrentou uma situação atípica que levou à suspensão das atividades letivas em sua rede de ensino municipal. Até o dia 10 de maio, as escolas ficarão fechadas devido ao desaparecimento súbito dos profissionais responsáveis pela limpeza e apoio, um evento que gerou preocupação tanto nas autoridades quanto na comunidade escolar. A secretária de educação, Lidiane Fogaça, fez o anúncio oficial através de um vídeo divulgado nas redes sociais da prefeitura, esclarecendo os motivos que levaram a essa decisão drástica. O cerne da questão envolve investigações conduzidas pelo Ministério Público de São Paulo, que colocaram a empresa Mova, responsável pela limpeza das escolas municipais, sob suspeita de associação com o crime organizado, mais precisamente com o PCC (Primeiro Comando da Capital). Além disso, há alegações de fraudes em licitações para contratos públicos e possíveis ligações corruptas com membros da Câmara de Vereadores e outros funcionários públicos. Essas revelações alarmantes levaram à rescisão imediata dos contratos com as empresas implicadas, conforme comunicado pela secretária de Educação, Lidiane Fogaça. “Nós estamos rescindindo esses contratos porque, nos últimos dias, apresentaram-se alguns defeitos e os responsáveis pelas empresas desapareceram. Eles mantiveram diálogo até meados de abril e desapareceram.”
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Em meio a essa turbulência, a preocupação com o impacto educacional nos estudantes da rede municipal de Cubatão foi prontamente abordada. A Secretaria de Educação garantiu que o calendário escolar sofreria ajustes para compensar os dias letivos perdidos, com a reposição das aulas prevista para os meses de julho, outubro e dezembro. A prefeitura também se comprometeu a manter as escolas abertas para esclarecimentos aos pais e responsáveis, além de providenciar a distribuição de marmitas com a merenda escolar, assegurando a alimentação dos alunos durante o período de interrupção. A reportagem não conseguiu contato com os responsáveis pela empresa.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini