Estudo da OCDE Rrevela desafios da juventude brasileira: 24% não trabalham nem estudam

Estudo da OCDE Rrevela desafios da juventude brasileira: 24% não trabalham nem estudam


Principais fatores que levam à evasão escolar incluem a necessidade de emprego, gravidez e responsabilidades domésticas

Reprodução/Twitter/@CarlosCozendeyReunião do Conselho Ministerial da OCDE, em Paris, que aprovou o plano de adesão do Brasil ao grupo
Proporção de jovens “nem-nem” no Brasil é significativamente maior do que a média da OCDE, que é de 13,8%

Um estudo recente da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), intitulado Education at a Glance 2024, revela que 24% dos jovens brasileiros entre 25 e 34 anos não estão nem trabalhando nem estudando, conhecidos como “nem-nem”. Embora essa taxa tenha diminuído de 29,4% em 2016, ainda é considerada elevada. Dados da PNAD de 2022 apontam que 20% dessa faixa etária, o que equivale a 9,6 milhões de jovens, se encontram nessa situação. Os principais fatores que levam à evasão escolar incluem a necessidade de emprego, gravidez e responsabilidades domésticas. A proporção de jovens “nem-nem” no Brasil é significativamente maior do que a média da OCDE, que é de 13,8%. Para enfrentar esse desafio, especialistas recomendam a melhoria da qualidade do ensino fundamental e o fortalecimento da educação técnica e profissional.

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Atualmente, apenas 10% dos estudantes brasileiros estão matriculados em cursos técnicos, em comparação com 68% na Finlândia e 49% na Alemanha. Outro aspecto abordado pela pesquisa da OCDE é a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Apesar de as mulheres apresentarem melhores resultados educacionais, elas ainda enfrentam dificuldades para se inserir no mercado.  No Brasil, apenas 44% das mulheres jovens com menos de ensino médio estão empregadas, enquanto essa taxa é de 80% entre os homens. Para aqueles com diploma de nível superior, as taxas são de 85% para mulheres e 92% para homens.

Além disso, a disparidade salarial entre homens e mulheres com formação superior é alarmante. As mulheres jovens ganham, em média, apenas 75% do que seus colegas homens recebem. A diferença na origem dos graduados também é significativa, com 81% dos formados no Brasil vindo de instituições privadas, enquanto a média da OCDE é de 63% em instituições públicas. Por fim, a presença de estudantes internacionais no Brasil é quase inexistente, ao passo que a OCDE conta com 6% de seus alunos de ensino superior oriundos de mobilidade internacional.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Keller

 





Fonte: Jovem Pan

Brasil