Fintech Klarna foi de US$ 45,6 bilhões para US$ 6,7 bilhões. Agora, mira um IPO nos EUA

Fintech Klarna foi de US$ 45,6 bilhões para US$ 6,7 bilhões. Agora, mira um IPO nos EUA


A Klarna, fintech sueca de pagamentos que já ocupou o posto de mais valiosa da Europa, está batalhando para recuperar seu valor de mercado ao entrar com um pedido de abertura de capital nos Estados Unidos, de acordo com um comunicado divulgado pela empresa.

O envio da solicitação à Securities and Exchange Commission (SEC), que foi realizado de forma confidencial, encerra meses de especulações em torno do assunto. Porém, até o momento, a quantidade de ações a ser oferecida e a faixa de preço dos ativos não foram definidas pela companhia.

Em relação à data do IPO, a Klarna afirmou que aguardará a SEC concluir seu processo de revisão. A companhia reforçou que a abertura de capital está sujeita às condições de mercado e outros fatores, que devem ser avaliados no momento correto.

A listagem pode servir como uma luz no fim do túnel para a gigante de pagamentos, que passou por momentos complexos nos últimos anos. Avaliada em US$ 45,6 bilhões em uma rodada de investimentos realizada em 2021, na “era de ouro” do venture capital, a startup vem perdendo valor de mercado na mesma rapidez que conseguiu aumentá-lo.

Desvalorizada pela crise tecnológica desencadeada pela guerra na Ucrânia e pelo forte aumento nas taxas de juros, a Klarna precisou realizar um down round em 2022, ao levantar uma rodada na qual foi avaliada em US$ 6,7 bilhões, uma queda de 85,3%.

Esse valor de mercado foi mantido por quase dois anos, até o fundo Chrysalis Investments, que já investia na companhia, fazer  um novo aporte de US$ 154 milhões, elevando o valuation da Klarna para US$ 14,6 bilhões.

Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, com o IPO, a expectativa da empresa é chegar a um valor de mercado de US$ 20 bilhões.

Além das questões financeiras, a empresa passa por um momento turbulento em sua diretoria. Em outubro, os acionistas da Klarna votaram para destituir Mikael Walther, membro do conselho de administração, após ele e o cofundador Victor Jacobsson entrarem repetidamente em conflito com o presidente Mike Moritz e o CEO Sebastian Siemiatkowski.

Deixando as questões internas de lado, o momento se mostra mais positivo do que o visto em 2022, com concorrentes europeias como a Revolut, a atual startup mais valiosa do continente, conseguindo elevar seu valor de mercado de forma consistente.

Em agosto, o banco digital britânico captou US$ 500 milhões ao realizar uma venda de ações de emissão da companhia para seus colaboradores, aumentando seu valuation para US$ 45 bilhões.

O leve sinal de otimismo não parece vir só das companhias, mas também dos investidores, que parecem estar olhando de outra maneira para as companhias europeias. Não é para menos que o cofundador do Skype, Niklas Zennström, levantou cerca de US$ 1,24 bilhão em setembro deste ano para apoiar empresas de tecnologia da região por meio de sua gestora Atomico.



Fonte: Neofeed

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