Fux solicita ajuste imediato na Lei das Bets, mas ressalta que julgamento do mérito ficará para 2025

Fux solicita ajuste imediato na Lei das Bets, mas ressalta que julgamento do mérito ficará para 2025


Durante uma audiência pública, Fux enfatizou a relevância de discutir os efeitos da lei, que vão desde a saúde mental até as implicações econômicas e sociais

Carlos Moura/SCO/STFLuiz Fux
Ministro Luiz Fux durante a sessão plenária do STF em 21 de junho de 2023

O ministro Luiz Fux, integrante do Supremo Tribunal Federal (STF), manifestou a necessidade de um ajuste imediato na Lei das Bets, ressaltando que o julgamento sobre sua validade deve ocorrer com urgência. Embora a análise do tema esteja agendada para o primeiro semestre de 2025, Fux não descarta a possibilidade de uma decisão liminar que vise proteger a população em situação de vulnerabilidade. Ele é o responsável pelas ações que contestam a Lei 14.7990/2023, que regulamenta as apostas de quota fixa no Brasil. Durante uma audiência pública, Fux enfatizou a relevância de discutir os efeitos da lei, que vão desde a saúde mental até as implicações econômicas e sociais. Ele também mencionou a preocupação com o uso das plataformas de apostas para atividades ilícitas, como a lavagem de dinheiro. O ministro destacou que o STF não está atuando de forma ativista, mas sim avaliando se a legislação está em conformidade com os princípios constitucionais.

cta_logo_jp

Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, levantou questões sobre o impacto dos jogos em famílias de baixa renda, além da exposição de crianças e adolescentes a ambientes de apostas online. O advogado-geral da União, Jorge Messias, fez uma analogia, descrevendo as apostas como um “dragão” que precisa ser controlado, afirmando que o modelo atual não se alinha aos valores constitucionais. As ações judiciais que contestam a Lei das Bets foram movidas pela Confederação Nacional do Comércio e pelo partido Solidariedade, que expressam preocupações sobre o endividamento das famílias e o comportamento compulsivo dos apostadores. A legislação, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, abrange tanto apostas virtuais quanto físicas, estabelecendo diretrizes de tributação e normas para a exploração desse serviço.

O deputado Paulinho da Força defendeu a criação de uma agência reguladora específica para as apostas, argumentando que a regulação não deve ficar sob a responsabilidade do Ministério da Fazenda, que, segundo ele, prioriza apenas a arrecadação. Em resposta, o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Anderson Dudena, defendeu a Lei das Bets, afirmando que uma regulação adequada é fundamental para evitar a proliferação de um mercado ilegal e inseguro.

Publicado por Sarah Paula

*Reportagem produzida com auxílio de IA





Fonte: Jovem Pan

Política