Operação visa desmantelar rede de crimes que não se limita ao tráfico de drogas, mas também abrange comércio ilegal de peças de carros, armas e celulares, exploração da prostituição e trabalho análogo à escravidão
Uma força-tarefa com mais de mil agentes iniciou uma operação contra o crime organizado na Cracolândia e áreas adjacentes do Centro de São Paulo, dominadas pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). A operação, denominada Salus et Dignitas — que significa saúde e dignidade em latim — cumpriu sete mandados de prisão, 117 de busca e apreensão, 46 de arresto e bloqueio de bens, e 44 de interdição de imóveis comerciais. Esses mandados foram autorizados pela 1.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. Os imóveis interditados, incluindo hospedarias, estacionamentos, ferros-velhos e lojas, serão lacrados para impedir a retomada das atividades criminosas. Famílias residentes em alguns desses locais estão sendo realocadas para centros de acolhimento, conforme informou a Secretaria de Segurança de São Paulo.
A operação visa desmantelar uma vasta rede de crimes, que não se limita ao tráfico de drogas, mas também abrange comércio ilegal de peças de carros, armas e celulares, exploração da prostituição, captura ilegal de rádios transmissores da polícia e trabalho análogo à escravidão. Entre os suspeitos dos mandados de prisão estão guardas-civis metropolitanos acusados de extorquir comerciantes na Cracolândia em troca de “proteção” e de vender armas ilegalmente. O Ministério Público de São Paulo esclareceu que a investigação busca desarticular um “ecossistema de atividades ilícitas” operado pelo PCC e por grupos criminosos organizados, que explora pessoas em situação de vulnerabilidade. A presença do PCC na área favorece a maximização dos lucros por meio de atividades ilegais.
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Participam da operação promotores do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público do Trabalho. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou sobre a operação em suas redes sociais, destacando: “Vamos devolver o centro às pessoas.”
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Felipe Cerqueira