Apesar das grandes mobilizações populares, não houve alterações significativas no cenário político, e a oposição parece ter perdido força
A Histadrut, principal sindicato de Israel, deu início na segunda-feira (2) a uma greve com a intenção de pressionar o governo a aceitar um cessar-fogo. Contudo, a paralisação foi interrompida por uma decisão judicial, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se mostrou irredutível em suas negociações com o Hamas, criticando abertamente os manifestantes. Apesar das grandes mobilizações populares, não houve alterações significativas no cenário político, e a oposição parece ter perdido força. Os serviços essenciais, como educação, transporte e saúde, foram impactados pela greve, embora muitos setores tenham optado por não participar. Em contraste com a greve de março de 2023, que levou Netanyahu a recuar em um plano de reforma judicial, seu partido conseguiu manter a coesão durante o conflito atual. O primeiro-ministro destacou a importância da unidade interna frente ao inimigo.
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Os manifestantes estão exigindo um cessar-fogo e a libertação de reféns, enquanto o governo busca um acordo que não implique o fim das hostilidades. A indignação popular cresceu após a descoberta de corpos de reféns em um túnel em Rafah, e os funerais de algumas vítimas contaram com a presença de um grande público, refletindo a dor da sociedade. A base de apoio de Netanyahu continua sólida, e seus aliados defendem a continuidade da guerra. O único membro do governo que se opõe a um cessar-fogo é o ministro da Defesa, Yoav Gallant. Pesquisas recentes mostram que muitos israelenses acreditam que um acordo ainda não foi alcançado, temendo que isso permita ao Hamas se reestruturar.
Publicado por Sarah Américo
*Reportagem produzida com auxílio de IA