A atriz francesa Jacqueline Laurence, 91 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (17), no Rio de Janeiro. Apesar de nunca ter se naturalizado brasileira, a atriz que estava internada no Hospital Municipal Miguel Couto, veio para o país ainda adolescente, junto do pai, que era jornalista. Natural de Marsalha, em 1932, ela afirmou que muitas coisas aconteceram e que a impediram de se naturalizar. “Aconteceu muita coisa durante a ditadura, e coisas difíceis. Nunca me naturalizei, e quando me naturalizaria, eventualidades sucederam. Depois, envelheci e não seria agora que me naturalizaria. Não tenho essa coisa de dizer que sou francesa. Ao contrário, sou brasileira. Podem dizer que acham o contrário, o que é natural, mas pouco me importa”, declarou em janeiro para o site de Heloisa Tolipan. Nas telinhas da TV Globo, apesar de sempre interpetar papéis de mulheres chiques, ela garante que foi difícil perder o sotaque. Atuou em novelas como “Dancin’ days”, “Guerra dos sexos”, “Cambalacho”, “Top model”, “O dono do mundo”, “Salsa e merengue”, “Senhora do destino” e “Babilônia”. Sua última participação foi em “Salve-se quem puder” (2020-2021). Já nos palcos de teatro, onde teve forte influência, Jacqueline dirigiu entre os anos de 1980, o Besteirol, que trouxe nomes como Miguel Falabella.