PF mira grupo por informação privilegiada no mercado de ações com taxa de êxito de 94

PF mira grupo por informação privilegiada no mercado de ações com taxa de êxito de 94


Operação Rabbit fez buscas no Rio de Janeiro contra prática ilegal de front running

Marga Santoso/UnsplashCelular e computadores com gráficos
Ação aconteceu no Rio de Janeiro

A Polícia Federal vasculhou quatro endereços no Rio de Janeiro nesta quarta-feira (7), na Operação Rabbit, ofensiva contra prática ilegal de Front Running no mercado financeiro – quando um investidor se vale de informação exclusiva e sigilosa para obter vantagens. Os federais miram um grupo que agia no mercado de ações e alcançava taxa de êxito superior a 94% nas operações de day trade (compra e venda de ativos no mesmo pregão). A PF contou com a colaboração da Comissão de Valores Mobiliários que estima lucros de R$ 5.141.045,34 da organização por meio de operações realizadas entre 2016 e 2022.

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Batizada Operação Rabbit, a ofensiva cumpriu quatro mandados de buscas na Freguesia (2) e na Tijuca (2) e culminou no afastamento de um funcionário de uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) – instituição que intermedia a compra e venda de títulos e valores mobiliários – que estaria envolvido no esquema ilícito.

Segundo as investigações, o funcionário agora afastado repassava dados sigilosos para outros integrantes do grupo sob suspeita, para que eles se antecipassem aos movimentos do mercado.

As ordens foram expedidas pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio, que ainda determinou o sequestro de bens e valores dos investigados em até R$ 5,1 milhões, a quantia supostamente arrecadada pelo esquema. O nome da ofensiva faz referência a um jargão internacional do atletismo, indicou a Polícia Federal.

“O ‘coelho’ é um atleta que sai na frente e puxa o ritmo principal no início das corridas, ou seja, ele acelera o ritmo e estimula os corredores a terem um maior rendimento. O termo faz alusão à conduta de front running, que consiste em “correr na frente”, se antecipando às movimentações do mercado de ações com base em informações privilegiadas”, explicou a corporação.

A ação apura possíveis crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa, além de Front Running – no qual um operador financeiro antecipa a um investidor que vai fazer uma grande operação, capaz de influenciar no preço de mercado de um ativo.

Este investidor acaba por se antecipar ao movimento do mercado de ações e lucra, o que configura um conflito de interesses pelo uso da informação privilegiada.

*Com informações do Estadão Conteúdo

publicado por Tamyres Sbrile





Fonte: Jovem Pan

Brasil