Pilotos batem boca em pleno voo perto do aeroporto do Recife; ouça

Pilotos batem boca em pleno voo perto do aeroporto do Recife; ouça


Discussão teve início quando comandantes de grandes empresas aéreas reclamaram de um exercício de instrução realizado por uma aeronave de menor porte

Divulgação/InfraeroAviões da Gol estacionados no aeroporto do Recife
Comunicação entre os aviadores se acalorou, necessitando da intervenção dos controladores de tráfego aéreo

Pilotos da aviação comercial e de instrução protagonizaram um desentendimento nas proximidades do aeroporto do Recife, um dos mais movimentados da região Nordeste. A discussão teve início quando comandantes de grandes empresas aéreas reclamaram de um voo de instrução realizado por uma aeronave de menor porte, que executava um procedimento de toque e arremetida na pista. A comunicação entre os aviadores se acalorou, necessitando da intervenção dos controladores de tráfego aéreo. O incidente envolveu um bimotor Piper Seneca do Aeroclube de Pernambuco, utilizado para treinamento de voo por instrumentos, um exercício essencial para a formação de pilotos. A aeronave, de matrícula PT-EXW, seguia para uma aterrissagem simulada quando a discussão começou. A troca de mensagens entre os pilotos incluiu críticas ao procedimento de instrução “em um aeroporto de grande movimento, como o de Recife”, que tem um fluxo intenso de passageiros e diversos tipos de aeronaves. Alguns xingamentos foram ouvidos. “Por isso que você nunca vai chegar à aviação comercial, bundão”, criticou um dos pilotos de aviação comercial.

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A situação escalou a ponto de um controlador de tráfego aéreo intervir, pedindo aos pilotos que levassem suas queixas às autoridades aeroportuárias apropriadas. Segundo o presidente do Fórum Brasileiro para o Desenvolvimento da Aviação Civil, Comandante Délio Correia, o treinamento de pilotos em aeroportos de intensa movimentação não é recomendável e, em alguns casos, é até proibido. Ele destacou que aeronaves de baixa velocidade podem atrapalhar o sequenciamento de grandes aviões, comprometendo a segurança e o bom andamento das operações. A troca de ofensas continuou, com um piloto da aviação comercial ironizando a formação dos colegas de profissão e desdenhando do colega. O piloto do Seneca, por sua vez, abandonou o procedimento de treinamento, classificando a atitude dos outros aviadores como falta de educação. A forma como os envolvidos se expressaram foi considerada inadequada e fora dos padrões esperados na aviação.

Ouça o aúdio na reportagem abaixo:

*Com informações do repórter Daniel Lian





Fonte: Jovem Pan

Brasil