Produção de cocaína na Colômbia aumenta 53% em 2023, revela relatório da ONU

Produção de cocaína na Colômbia aumenta 53% em 2023, revela relatório da ONU


Uma parte significativa das plantações de coca está localizada em terras de comunidades afrodescendentes, representando 20% da área total

Divulgação/Guarda Civil da Espanhacocaina
Um memorando da Casa Branca destacou o aumento recorde de cultivos de coca na América do Sul

A produção de cocaína na Colômbia registrou um aumento significativo de 53% em 2023, totalizando 2.600 toneladas, conforme aponta um relatório das Nações Unidas. O documento, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), também revelou que a área destinada ao cultivo da folha de coca alcançou 253.000 hectares, um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Esses números representam os maiores índices registrados pela ONU desde 2001.As plantações de coca estão concentradas em regiões de alta produtividade, onde um hectare pode gerar até o dobro da quantidade de cocaína em comparação a dois anos atrás.

Em 2022, a área cultivada era de aproximadamente 230.000 hectares, resultando na produção de 1.738 toneladas da substância. Desde 2014, a Colômbia tem enfrentado uma tendência de crescimento na produção, mesmo diante dos esforços para combater o narcotráfico. O presidente Gustavo Petro, que considera a guerra às drogas um “fracasso”, propõe uma nova abordagem que prioriza a prevenção do consumo. Ele anunciou planos para a compra estatal da colheita de coca, buscando alternativas para os agricultores. Os departamentos de Cauca e Nariño foram os que mais ampliaram suas áreas de cultivo, com o controle dessas plantações nas mãos de dissidentes das Farc.

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Uma parte significativa das plantações de coca está localizada em terras de comunidades afrodescendentes, representando 20% da área total. Além disso, 10% dos cultivos estão em reservas indígenas e 18% em áreas florestais protegidas. Grupos armados, como os dissidentes das Farc e o Exército de Libertação Nacional (ELN), continuam a se beneficiar do narcotráfico, resultando em um cenário criminoso complexo e fragmentado. Petro criticou o sistema internacional de combate às drogas, argumentando que a Colômbia sacrificou seu desenvolvimento em nome de uma guerra imposta.

Um memorando da Casa Branca destacou o aumento recorde de cultivos de coca na América do Sul, mas também notou um crescimento de 10% nas apreensões de cocaína na Colômbia em 2023. O governo Biden está buscando uma abordagem mais abrangente, que inclua segurança e oportunidades econômicas para as comunidades rurais. Um estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) revelou que 60% dos cultivadores de coca o fazem devido à falta de alternativas econômicas viáveis. Essa realidade evidencia a necessidade de políticas que ofereçam opções sustentáveis para os agricultores, a fim de reduzir a dependência do cultivo da coca e, consequentemente, do narcotráfico.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Publicado por Marcelo Seoane





Fonte: Jovem Pan

Política