Publicidade nas plataformas de streamings é um “caminho sem volta”, diz Sergio Gordilho

Publicidade nas plataformas de streamings é um “caminho sem volta”, diz Sergio Gordilho


O modo com que o consumidor é impactado pela publicidade vem mudando de acordo com o avanço da tecnologia. Antes, um comercial de 30 segundos no intervalo da novela das nove era a melhor forma de fazer anúncios. Agora, não é mais.

De uns tempos para cá, as marcas perceberam que é possível impactar com mais eficiência nichos específicos de clientes por meio do celular, onde cada indivíduo acessa conforme suas preferências.

No NeoConference, primeiro evento do NeoFeed, Sergio Gordilho, sócio da Agência Africa Creative, disse que a publicidade nos streamings segue a mesma lógica e é a bola da vez para ganhar cada vez mais espaço.

“Antigamente, o brasileiro mudava de roupa para fazer compras. Hoje, ele faz compras o tempo todo, de casa ou onde ele estiver. Essa é uma alteração de comportamento que a publicidade também teve que se adequar”, diz Gordilho.

Gordilho disse que, ao longo das últimas décadas, as marcas deixaram de ser imperadoras na comunicação com o consumidor para se tornarem apenas participantes da conversa.

Com avanço dos vídeos sob demanda e maior uso de redes sociais, segundo ele, as agências publicitárias precisaram pensar em comerciais mais curtos com mensagens assertivas.

Para o sócio da Agência Africa Creative, o surgimento de novos canais de streamings aumenta a concorrência e abre uma janela de oportunidade para as agências publicitárias, com a inserção de comerciais nessas plataformas. Em sua visão, a adoção de mais anúncios é o único caminho viável para conseguir aumentar os lucros nesse tipo de negócio.

“Todo mundo falou que os comerciais terminariam nas plataformas de streaming. Mas, daqui a pouco, as plataformas de streamings devem ter renda maior vinda de comerciais do que assinaturas, porque o dinheiro está aí, investimento está aí”, afirma Gordilho.

Esse é um caminho que muitos já aderiram. Há dois anos, a Netflix lançou um plano com anúncios e o Prime Video, da Amazon, também incluiu comerciais no seu plano básico nos Estados Unidos e na Europa.

“Não tem como achar que só na adesão, em cima de assinatura, qualquer marca se posiciona, porque quando tem a crise, a primeira coisa que você corta são os canais de streaming para economizar. E não tem condição de aumentar o preço porque existe uma competição muito grande”, diz o sócio da Agência Africa Creative.





Fonte: Neofeed

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