Reino Unido segue ‘em alerta’ por possíveis distúrbios apesar de diminuição de manifestações islamofóbicas

Reino Unido segue ‘em alerta’ por possíveis distúrbios apesar de diminuição de manifestações islamofóbicas


Protestos foram estimulados após ataque a faca que causou a morte de três crianças; autor do crime foi falsamente apresentado como um morador de um asilo muçulmano

JUSTIN TALLIS/AFPUm cão policial morde um manifestante em Bristol, no sul da Inglaterra
Restante do país não registrou novos surtos de violência desde terça-feira (6)

As autoridades britânicas se mantêm “em estado de alerta” nesta sexta-feira (9), apesar de um certo retorno à calma após dez dias de distúrbios racistas e islamofóbicos que sacudiram o país em reação à morte de três crianças em um ataque à faca. Salvo pequenos incidentes na Irlanda do Norte na noite de quinta-feira (9), o restante do país não registrou novos surtos de violência desde terça-feira (6), e, na quarta-feira (7), milhares de pessoas saíram pacificamente às ruas em várias cidades para protestar contra o racismo e a islamofobia. Mas, ao se aproximar do final de semana, o governo teme que o reinício do campeonato nacional de futebol possa dar início a novas tensões, dados os históricos vínculos da extrema direita com os torcedores violentos.

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Nesta sexta-feira, o primeiro-ministro Keir Starmer manteve sua postura firme, adotada desde o começo da crise, e pediu à polícia que se mantivesse “em estado de alerta” para “garantir a segurança” da comunidade. Milhares de policiais estão mobilizados desde que os distúrbios estouraram no final de julho após um ataque à faca no noroeste da Inglaterra que causou a morte de três crianças. Os protestos foram estimulados por rumores e especulações na internet sobre a identidade do suspeito, falsamente apresentado como um solicitante de asilo muçulmano.

A polícia informou, no entanto, que o suspeito era um jovem de 17 anos nascido em Gales e a imprensa britânica reportou que seus pais eram ruandeses. Em torno de 500 pessoas foram presas, 150 foram acusadas e os tribunais começaram a condenar os vândalos. Starmer, que enfrenta sua primeira crise um mês depois de assumir o cargo, disse estar “absolutamente convencido” de que essa “rápida” resposta policial e judicial “teve um efeito real” na hora de evitar novos atos de violência desde terça-feira. Muitos dos já condenados receberam penas de vários anos de prisão por sua participação nos distúrbios e nos confrontos com a polícia.

*Com informações da AFP

Publicado por Marcelo Bamonte





Fonte: Jovem Pan

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