O governo ucraniano enviou convites no fim de agosto a presidentes latino-americanos para o que seria um evento de alto nível paralelo à Assembleia-Geral da ONU, que começa no dia 24 de setembro
O governo da Ucrânia decidiu cancelar uma reunião que o presidente Volodimir Zelenski havia agendado em Nova York com líderes da América Latina devido ao risco de esvaziamento. O objetivo do encontro era mostrar um apoio simbólico de governos da região à Ucrânia diante da guerra contra a Rússia. O governo ucraniano enviou convites no fim de agosto a presidentes latino-americanos para o que seria um evento de alto nível paralelo à Assembleia-Geral da ONU, que começa no dia 24 de setembro. A ideia era realizar a reunião na véspera.
“O evento será uma plataforma apropriada para que o presidente Zelenski apresente pessoalmente aos líderes da América Latina e do Caribe informações relevantes e confiáveis sobre a guerra lançada pela Federação Russa contra nosso país e sobre a necessidade de juntar forças na defesa de regras e princípios fundamentais da lei internacional, cuja violação também significa uma ameaça para a América e para o Caribe —também sobre a possibilidade de países da região participarem na reconstrução da Ucrânia após a guerra”, dizia a nota enviada aos convidados.
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Após enviar os convites, a Ucrânia decidiu rever os planos por causa do baixo número de confirmações. O país deve tentar um encontro no ano que vem. Uma das presenças confirmadas foi a do presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também estava entre os convidados, mas Kiev já contava com a sua ausência.
O petista sempre adotou distância de Zelenski, e suas declarações têm sido criticadas pela Ucrânia, como quando disse que os dois lados eram culpados pela guerra. Lula iniciou seu terceiro mandato com ambição de protagonizar algum papel de mediador no conflito, mas já nos primeiros meses foi alienado pelo Ocidente por declarações consideradas alinhadas ao discurso de Putin.
Em maio de 2023, Lula e Zelenski participaram como convidados da cúpula do G7 no Japão, mas uma aguardada reunião entre os dois não ocorreu. Em setembro do mesmo ano, os dois líderes se reuniram numa bilateral à margem da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, mas o encontro não serviu para diminuir as desconfianças de ambas as partes.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carolina Ferreira