Advogado explica os tipos de vistos indicados e como se firmar no mercado internacional
O governo dos Estados Unidos valoriza empreendedores estrangeiros e oferece diversos tipos de vistos para facilitar sua entrada, como o EB-2 NIW. Ele é destinado a profissionais cuja presença trará benefícios significativos ao país em várias áreas.
Ao contrário do visto EB-5, que exige altos investimentos financeiros, o EB-2 NIW se baseia na qualidade profissional do candidato. O processo de aprovação é focado na experiência profissional e nos benefícios que o candidato pode proporcionar aos EUA.
O Dr. André Linhares, advogado de imigração com mais de 11 anos de experiência em direito internacional, explica que se o EB2-NIW realmente for o melhor para o negócio e o perfil do cliente, é fundamental ter em mente que um dos aspectos mais importantes para obter o visto é juntar toda a documentação necessária para embasar esse potencial.
“Hoje em dia, uma grande parte das petições brasileiras são referentes aos vistos EB-1 e EB-2, destinados a profissionais com nível superior e/ou com pelo menos algum destaque na sua profissão. Ano passado, por exemplo, foram protocoladas mais de 4.900 petições de brasileiros para o EB2-NIW. Se olharmos para 2016, quando esse tipo de visto ficou mais acessível graças a algumas mudanças na lei, o crescimento foi de 752%”, explica.
Preparo para obter o visto
Para se qualificar com o EB-5, é necessário investir pelo menos US$ 800 mil em uma empresa já existente ou na criação de um novo empreendimento. Já o EB2-NIW não exige um investimento mínimo. “Os candidatos precisam provar suas habilidades e experiência por meio de uma petição e se qualificar para o interesse nacional americano”, explica o advogado.
Além disso, segundo ele, é necessário ficar atento a outras particularidades. “Outra diferença é que o EB-5 requer que o investimento seja feito em uma área designada como ‘região de emprego-alvo’, enquanto no EB2-NIW a geração de emprego é bem-vinda, mas não tem essa exigência. Quando o assunto é a aprovação, o processo também é bem mais simples”, afirma Linhares.
Não é difícil entender o motivo de o governo americano facilitar a imigração de empreendedores. O Departamento de Orçamento do Congresso calcula que, em dez anos, a expansão do mercado de trabalho por meio da absorção de imigrantes deve render US$ 7 trilhões a mais para a economia do país, gerando US$ 1 trilhão ao governo federal.
Negócios de sucesso nos EUA
Para empreendedores que almejam se estabelecer nos EUA, o Dr. André Linhares oferece orientações fundamentais:
1. Faça um planejamento
Pesquisar o mercado, o perfil do consumidor e as regulamentações é essencial. Um plano de negócios detalhado se mostra indispensável.
2. Conheça as opções de vistos
Compreenda as diferentes categorias de vistos e escolha a que melhor se adapta às necessidades e aos objetivos do empreendimento.
3. Estude as normas legais e fiscais
Consultoria especializada é crucial para evitar problemas legais e fiscais.
4. Atenção com a localização
Escolha a localização ideal considerando diversos aspectos como perfil do público, custo de vida, acessibilidade e impostos.
5. Avalie fontes de financiamento
Avaliar e explorar diferentes opções de financiamento é fundamental para viabilizar o negócio.
6. Faça networking
Estabelecer uma rede de contatos nos EUA é essencial para obter dicas e conexões valiosas.
7. Atenção com as diferenças culturais
Levar em conta as diferenças culturais para adaptar-se às práticas comerciais locais é crucial para o sucesso.
8. Seja flexível
Esteja aberto e se adapte às mudanças no mercado e na economia.
9. Seja persistente
Manter a persistência e a resiliência diante das dificuldades é fundamental para o sucesso a longo prazo.
“Empreender nos Estados Unidos é desafiador, mas representa uma oportunidade excitante para os brasileiros. Com planejamento meticuloso, compreensão das leis e regulamentações locais e uma mentalidade empreendedora, é possível construir negócios prósperos e contribuir para a vibrante economia americana”, finaliza o especialista.
Por Felipe Sá