Paulo Pimenta expõe divergências com Eduardo Leite sobre as enchentes no RS

Paulo Pimenta expõe divergências com Eduardo Leite sobre as enchentes no RS


Designado pelo presidente Lula para coordenar as ações do governo federal no Rio Grande do Sul, o ministro se manifestou contra o projeto do governador do Estado para criação de cidades temporárias para desabrigados

WALLACE MARTINS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDOPaulo Pimenta
Paulo Pimenta afirmou que mais discordâncias sobre as enchentes na região poderão aparecer

O ministro Paulo Pimenta, designado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para coordenar as ações do governo federal no Rio Grande do Sul, expôs divergências com o governador do Estado, Eduardo Leite, neste domingo (19). Ele também afirmou que mais discordâncias sobre as enchentes na região poderão aparecer.

Neste domingo (19), Pimenta se manifestou contra o projeto do governo estadual de criar cidades temporárias para receber pessoas desabrigadas pelas enchentes. “Surgiu agora o debate das tais cidades transitórias. A ideia seria quatro grandes cidades transitórias, com possibilidade de cada uma delas ter até 7.500 pessoas, isso é maior do que a grande maioria das grandes cidades do Brasil. Seriam onde a transição ocorreria”, afirmou o ministro. “Temos outra concepção sobre isso, outra ideia sobre isso”, disse Pimenta.

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Segundo ele, o desafio será oferecer opções de habitação de maneira ágil para os afetados. “Esse é o grande debate, como o poder público oferece dignidade e condição para que as pessoas façam uma transição adequada até chegar o momento de elas voltarem a ter uma casa. E aí tem visões diferentes, concepções distintas, que vão aflorar de forma muito intensa a partir dos próximos dias”, declarou Pimenta.

“O Leite falou precisamos de um plano Marshall. Eu tenho falado desde o início, chamo de plano RS. Plano de Recuperação Sustentável. Temos que incluir o tema socioambiental na discussão do projeto futuro tanto da recuperação da infraestrutura quanto da atividade econômica do Estado”, disse o ministro.

Pimenta também disse que o governo Lula “não fará o jogo da disputa pequena nesse momento”, e que as conversas com o governo do Rio Grande do Sul e com prefeitos bolsonaristas serão republicanas. “É evidente que na hora em que a gente senta para discutir as estratégias essas divergências aparecem”, ressaltou em live do Canal do Barão no Youtube, em que respondeu a perguntas de veículos de comunicação que apoiam o governo Lula.

Lula foi alvo de críticas por escolher Pimenta para o cargo porque o ministro é cotado para ser candidato a governador em 2026 e é de grupo político adversário ao de Eduardo Leite. De acordo com críticos, a situação pode causar uma disputa eleitoral prematura em um momento de desastre.

*Com informações do Estadão Conteúdo





Fonte: Jovem Pan

Política