Sob protesto, Assembleia Legislativa do Paraná aprova projeto que terceiriza gestão de colégios públicos

Sob protesto, Assembleia Legislativa do Paraná aprova projeto que terceiriza gestão de colégios públicos


Proposta do governo recebeu 38 votos a favor e 13 contrários, em uma sessão marcada pela participação híbrida; deputados da base votaram de forma remota para evitar manifestações

GIULIANO GOMES/PR PRESS/ESTADÃO CONTEÚDOProfessores e estudantes protestam em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) contra o projeto de lei que pretende terceirizar a gestão administrativa de 200 colégios públicos estaduais
Professores e estudantes protestam em frente à Alep contra o projeto que pretende terceirizar a gestão de 204 colégios públicos estaduais

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou nesta terça-feira (4), em segundo turno, um projeto de lei que propõe a terceirização da gestão de 204 colégios estaduais. Esta medida, que representa uma mudança para mais de 10% da rede estadual de ensino, aguarda agora a sanção do governador Ratinho Júnior (PSD). A aprovação veio com uma ampla maioria de 38 votos a favor e 13 contrários, em uma sessão marcada pela participação híbrida dos deputados, com a oposição presente fisicamente e a base governista de forma remota, uma estratégia adotada em resposta à invasão no dia anterior de manifestantes contrários ao projeto.

O projeto, que foi apresentado pelo governo estadual em 27 de maio e tramitou em regime de urgência, sugere que empresas especializadas em gestão educacional assumam a administração das escolas a partir de 2025. Para que a terceirização seja efetivada, é necessário que as comunidades escolares aprovem o modelo por meio de consulta pública. A proposta assegura que a Secretaria de Estado de Educação mantenha a autonomia sobre os aspectos pedagógicos das escolas. No entanto, a medida gerou controvérsia e protestos, que culminaram no uso de gás lacrimogêneo, ferimentos em três pessoas e duas prisões por danos ao patrimônio público.

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A oposição levantou questionamentos sobre a constitucionalidade do projeto, alegando a falta de detalhamento sobre o impacto financeiro que a medida teria sobre o orçamento do Estado. Em resposta, os oposicionistas recorreram ao Supremo Tribunal Federal na tentativa de impedir o avanço do programa. Paralelamente, professores da rede estadual de ensino declararam greve, criticando a ausência de um debate público amplo sobre a proposta. O sindicato dos professores argumenta que a medida foi aprovada sem uma discussão adequada com a sociedade, o que alimenta a controvérsia em torno do projeto.





Fonte: Jovem Pan

Política